reflexão#3
2006
- 2005 _ art-outsider
- 2005 _ Memória do Futuro
- 2006 _ File Rio
- 2009 _ Arte Cibernética BH
- 2010 _ Arte Cibernética Metro SP
- 2011 _ Arte Cibernética Usina do Gasometro POA
- 2011 _ 1911-2011 Arte Brasileira e Depois
- 2012 _ Sesc Campinas/Pinheiros/Santo André
- 2015 _ Arte Cibernética Curitiba
- 2016 _ Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural
Reflexão é um projeto em processo, que investiga relações de agenciamento usuário-sistema.
O que é interação? O que acontece quando o interator imerge no espaço de uma obra instalativa? O que ele vê? Qual é o controle da obra sobre interator? Qual é o controle do interator sobre a obra? A minha pesquisa vem se desenvolvendo na incansável procura de respostas à questões que me povoam. Questões essas que implicam sempre em outras perguntas, um infinito percurso de bifurcações, concretizadas na forma de instalações, objetos.
Os últimos trabalhos tem uma forte experiência físico-emocional, provocada pela participação da audiência, em situações de surpresa, de desorientação, numa tensão entre a realidade e a imagem, na qual o visitante se transforma no seu próprio observador, num limite (infinito) de não ser identificável. Há portanto tempos, durações atuando, relações que envolvem presença, sujeitos que são os únicos a conferir existência à intervenção. Tais efeitos acontecem no momento em que nós não esperamos, como se a realidade de nossa percepção viesse a nos iludir. Um enquadramento que supõe a reversibilidade dos olhares: eu olho a obra e a obra me olha. O espectador e a imagem formam um todo. Estou fora, mas ao mesmo tempo dentro, essa desconfortável postura define toda a nossa experiência, quando se abre em nós o que nos olha no que vemos.
Nessa implementação, a projeção dos números acontece na parede e o reflexo no espelho d’água, mas a interação acontece de duas maneiras: no corpo do interator dependendo de sua posição no espaço interativo (quando sua sombra é projetada na parede e o trabalho em suas costas); e em um teclado interativo, no qual o usuário modifica a rapidez da queda/subida dos números na projeção. Com isso as relações se modificam, já que o outro, e não somente você pode alterar e interagir com a obra, não é sua passagem por um sensor que modifica a velocidade de queda/subida de projeção, mas sim alguém que esta acionando o teclado da maneira que bem entender, alterando assim a sua percepção e a de todos outros no espaço.
dimensão: 3m x 10m x 4m
Reflection is a project in process, which investigates user-system agency relations.
What is interaction? What happens when the interactor immerges in the space of the installative project? What does he see? What control does the project have over the interactor? What control does the interactor have over the project? My research has been developing in the indefatigable search for answers to questions that have consumed me. These questions always lead to other questions, an infinite path of bifurcations, made real in the form of installations, objects.
The most recent projects have a very strong physical-emotional experience, provoked by the audience participation, in situations of surprise, of disorientation, in a tension between the real and the image, where the visitor is transformed into his own observer, in the limit (infinite) of not being identifiable. However, there are times, moments influencing relations which require presence, individuals which are the only one to bestow existence to the intervention. These effects occur when we least expect them, as if the reality of our perception has come to elude us. A framework that supposes the reversibility of looks/ I look at it and it looks at me. The spectator and the image become one. I am outside while, at the same time, inside. This uncomfortable posture defines our entire experience, when what we see opens what sees us.
In this implementation, the projection of numbers occurs on the wall and the reflection in a reflecting pool, but the interaction takes place in one of two ways, on the body of the interactor depending upon his position in the interactive space (when his shadow is projected on the wall and the project itself is behind him), and on an interactive keyboard, with which the user modifies the speed of the rise/fall of the numbers on the projection. With this the relations are modified, being that someone else, and not only the individual can alter and interact with the project. It is not the passing through a sensor that modifies the speed of the rise/fall of the projection, but someone who is activating the keyboard in any way that he pleases and, thus, alters his own perception as well as that of everyone in the room.
Dimension: 3m x 10m x 4m